sexta-feira, 8 de abril de 2016

COMO ESTAMOS?


Quando descobri que você me olhava.
Eu também te olhei.
Quando descobri que você me gostava.
Te gostar eu desejei.
Quando descobri que você me tocava.
Te tocar eu ansiei.
Quando descobri que você me amava.
Te amar eu recusei.
Me neguei.
Te olhava com ternura.
Com carinho.
Com desejo.
E mergulhei nos teus olhos de mel.
E visitei nos teus olhos o céu.
E quando do céu eu voltei.
Descobri que te amava.
E te amando te toquei.
Te senti.
Nos tocamos.
Nos sentimos.
Nos amamos.
Vivemos.
Conversamos.
Discutimos.
Terminamos.
Hoje te olho.
Te gosto.
Não te toco.
Mas ainda te desejo.
Ainda te amo.
Me responda.
Como estamos?


(Valdir Coimbra)

sexta-feira, 12 de junho de 2015

DEUS DO AMOR

Sou Cupido! Deus do amor,
Sou filho de Vênus, sou anjo.
Sou homem alado, sou menino,
Sou Deus que ama a alma tua.

Sigo teus passos pela vida,
Espreito-te em cada esquina.
De arco e flecha em punho,
Disparo e nunca te acerto.

De tanto te seguir e perseguir;
Vejo-te com outros olhos,
Enxergo tua alma,
Que aflita clama por mim.

E como não consigo te flechar,
Suicido-me com a seta do Amor.
E quando tu me vês homem,
Por mim vais se apaixonar.

 (Valdir Coimbra)

domingo, 7 de junho de 2015

LIBERDADE!?

Liberdade!
Asas que inflam.
Pássaro que voa.
De vida em vida,
Idas e vindas!
Sonhos e choros.
Risos e lagrimas,
Risos em lagrimas!
Soluços!
Só ouço,
Silêncios e lenços,
No leve aceno do adeus!

Liberdade?
Asas que encolhem,
Pássaros caídos,
Sangram feridos.
Sonhos desfeitos.
Agora só idas,
Sem vindas vindouras.
E a cada aceno,
O silêncio se silencia,
E um último lenço,

Cai na terra já fria.

(Valdir Coimbra) 

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Abro a porta e fecho o peito,
me tranco na solidão.

Entregue ao devaneio,
esqueço as ilusões.

Abro um livro – poema romance.
Fecho as páginas da realidade.

Te encontro nas entrelinhas
e te leio em verso e prosa.

Rabisco frases de amor
 no espelho da tua alma.

Te faço imagem, real criatura
dos meus sonhos sagrados.

Com beijos te trago à vida,
ilusão, desenho, imagem viva.

Desejo te ver em carne.
Desejo te sentir alma, amor.

Quando chego à última página,
sinto o toque leve do teu ser.   

Sussurras ao meu ouvido:
– Pare! Eu não posso terminar.


(Valdir Coimbra) 

terça-feira, 2 de junho de 2015

Quando o Sol mergulha
entre os morros do horizonte;
sinto um aperto no peito
e lembranças de além vida
me fazem devanear.
Choro lembranças
e saudades perdidas.
Te busco no céu cinzento
da minha melancolia.
E te vejo sorrindo
em uma dimensão
à qual não pertenço.
E volto ao meu eu
Escuro, Mudo e Cinzento.


(Valdir Coimbra)

sábado, 23 de maio de 2015

Nem Anjos, nem Cúpidos

Para T. C. & I. C.
Alguns dos Anjos que conheço. 

No barulho da noite fria,
Ouço teu silêncio me chamar.
E como que por telepatia,
Te peço pra me esperar.
Te levarei calor e música.
E farei a infinita noite acabar.
            
E como se tudo fosse mágica,
Em instantes estou à tua porta.
Te aqueço com o carinho dos meus braços.
E canto nossa canção ao teu ouvido.
E calor do nosso amor,
Faz a noite de repente virar dia.

E nossos braços em abraços.
E nossos lábios em beijos.
E temos assas que se inflam em instantes.
E nos levam para a felicidade.
Não somos anjos nem cúpidos.
Somos apenas o Amor.

E quando acordo e vejo que estou só.
Te procuro nas lembranças,
E te encontro no coração.
      
                   (Valdir Coimbra)

terça-feira, 19 de maio de 2015

VERSUS I

Quero um chá de erva forte.
Coisa que não me deixe dormir.
Quero velar-te assim,
enquanto te faço promessas,
enquanto te falo de deuses
De musas e poetas.

Quero beber tua beleza.
Desfrutar dos teus odores.
Sentir tua essência
Do meu ser se apossar.

E quando amanhecer
E os raios de Febo nos tocar;
Não sei se serei eu,
Não sei se serei tu.


(Valdir Coimbra)